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Capítulo 6 de 13

1Pelo que, transpondo os ensina­mentos elementares da doutrina de Cristo, procuremos alcançar-lhe a plenitude. Não quere­mos agora insistir nas noções fundamentais da conversão, da renúncia ao pecado, da fé em Deus,*

2a doutrina dos vários batismos, da imposição das mãos, da ressurreição dos mortos e do julgamento eterno.*

3Isto faremos, se Deus o permitir.

4Porque aqueles que foram uma vez iluminados saborearam o dom celestial, participaram dos dons do Espírito Santo,*

5experimentaram a doçura da Palavra de Deus e as maravilhas do mundo vindouro e, apesar disso, caíram na apostasia,

6é impossível que se renovem outra vez para a penitência, visto que, da sua parte, crucificaram de novo o Filho de Deus e publicamente o escarneceram.

7O terreno que recebe chuvas frequentes e fornece ao agricultor boas searas, é abençoado por Deus.

8O que produz só espinhos e abro­lhos, é abandonado, não demora que será amaldiçoado e acabará sendo incendiado.

9Embora vos falemos desse modo, caríssimos, temos a melhor ideia a vosso respeito e de vossa salvação.

10Deus não é injusto e não esquecerá vossas obras e a caridade que mostrastes por amor de seu nome, vós que servistes e continuais a servir os santos.

11Desejamos, apenas, que ponhais todo o empenho em guardar intata a vossa esperança até o fim,

12e que, longe de vos tornardes negligentes, sejais imitadores daqueles que pela fé e paciência se tornam herdeiros das promessas.

13Quando Deus fez a promessa a Abraão, como não houvesse ninguém maior por quem jurar, jurou por si mesmo,

14dizendo: Em verdade eu te abençoa­rei, e multiplicarei a tua posteridade (Gn 22,16s).

15E Abraão, esperando com paciên­cia, alcançou a realização da promessa.

16Os homens, com efeito, juram por quem é maior do que eles, e o juramento serve de garantia e põe fim a toda controvérsia.

17Por isso, querendo Deus mostrar mais seguramente aos herdeiros da promessa a imutabilidade da sua resolução, interpôs o juramento.

18Por este ato duplamente irrevogável, pelo qual o próprio Deus se proibia de desdizer-se, encontramos motivo de profunda consolação, nós que pusemos nossa perspectiva em alcançar a esperança proposta.

19Esperança esta que seguramos qual âncora de nossa alma, firme e sólida, e que penetra até além do véu, no santuário

20onde Jesus entrou por nós como precursor, Pontífice eterno, segundo a ordem de Melquisedec.*